São Paulo - As vendas reais dos supermercados no Brasil subiram 4,5 por cento em janeiro ante igual mês de 2012, num resultado considerado positivo pela associação que representa o setor, Abras.
Segundo o presidente do Conselho Consultivo da entidade, Sussumu Honda, o avanço foi impactado pela massa de rendimento médio do trabalhador, que cresceu 3,3 por cento em janeiro sobre o mesmo período do ano passado.
Ele também citou uma base de comparação fraca para justificar o resultado. "No início do ano passado as vendas começaram a crescer de forma mais lenta e só ganharam maior ritmo a partir de julho, beneficiadas pela redução do ritmo da inflação de alimentos e também pelo impacto da desoneração da cesta básica", afirmou.
Na comparação com dezembro, houve queda de 20,85 por cento nas vendas reais do setor supermercadista em janeiro.
No mês passado, a Abras afirmou esperar um avanço de cerca de 3 por cento para as vendas reais em 2014, após um crescimento de 5,36 por cento registrado no ano passado.
Preços
A cesta AbrasMercado, composta por 35 produtos de amplo consumo pesquisados pela GfK, teve alta de 4,47 por cento em janeiro sobre o mesmo mês de 2012, e de 1,15 por cento sobre dezembro, chegando a chegando a 364,51 reais.
Os produtos com maior alta em relação ao último mês de 2013 foram cebola (+16,40 por cento), carne traseiro (+6,63 por cento) e arroz (+4,29 por cento). Na outra ponta, as maiores quedas foram sofridas por farinha de mandioca (-4,68 por cento), leite longa vida (-4,17 por cento) e tomate (-3,79 por cento).
PREÇOS DOS ALIMENTOS NO MUNDO REGISTRAM MAIOR ALTA EM 18 MESES
Publicado 18/03/2014 às 11:26:05
Os preços dos alimentos no mundo em fevereiro registraram a maior alta mensal (+2,6%) desde meados de 2012, em consequência das condições climáticas e da demanda crescente , segundo a FAO. Apesar da alta (a 209,1 pontos, ou seja, +5,2 pontos em
Os preços dos alimentos no mundo em fevereiro registraram a maior alta mensal (+2,6%) desde meados de 2012, em consequência das condições climáticas e da demanda crescente , segundo a FAO. Apesar da alta (a 209,1 pontos, ou seja, +5,2 pontos em um mês), os preços permanecem a um nível inferior ao do ano passado na mesma época, destaca em um comunicado a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
O índice da FAO mede a variação mensal das cotações internacionais de uma cesta de bens alimentícios. Para a FAO, a alta não está vinculada apenas à situação dos cereais, do milho e do trigo, que subiram em parte pela crise na Ucrânia.
O aumento dos preços afeta todos os grupos de produtos, exceto a carne, que registrou leve quera. Os maiores aumentos desde janeiro foram constatados no açúcar (+ 6,2%) e óleos (+ 4,9%), seguidos pelos cereais (+ 3,6%) e laticínios (+ 2,9%).
A FAO cita vários fatores para explicar o fenômeno e o relativiza. O preço dos cereais também aumentou por preocupações sobre as colheitas de trigo nos Estados Unidos após o inverno rigoroso no país, assim como pela forte demanda de cereais secundários tanto para a alimentação animal como para os agrocombustíveis.
Sobre o açúcar, a culpa é atribuída aos "danos causados às colheitas pelo tempo seco no Brasil e às recentes previsões de uma potencial queda da produção na Índia". Mas, no conjunto, os preços permanecem inferiores em 18,8% na comparação com fevereiro de 2013.